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TOUR DE FRANCE (parte 2): entenda as estratégias das equipes na maior prova de ciclismo de estrada d


OS EFEITOS DA RESISTÊNCIA DO AR

Em velocidades superiores a 29 km/h, a resistência do ar é responsável por cerca de 80 % da força total gerada para deslocar-se em uma bicicleta tradicional (Too, 1990)

Em velocidades maiores, ou em dias de vento, os ciclistas têm que vencer a “resistência do ar”. Parece fácil mas não é bem assim. O ciclista que pedala atrás de um outro, acaba se beneficiando, e, quanto mais ciclistas estiverem na frente, maior será esse benefício. Assim as equipes protegem seus líderes, diminuindo a fadiga e criando estratégias que definem a prova, tornando-a ainda mais fascinante.

AS ETAPAS E OS BIOTIPOS

No ciclismo de estrada, o relevo influencia muito no resultado da competição/ etapa. O tipo físico e o treinamento podem fazer com que determinado atleta seja favorito em uma etapa plana ou com que ele chegue muito atrás em uma etapa de montanha.

Etapas Planas – Predominantes na primeira semana, são etapas onde os atletas pedalam em um só grupo, “o pelotão”, se beneficiando o tempo inteiro do “vácuo” (“roda”), uns dos outros. Os interessados em disputar a camisa amarela descansam atrás de suas equipes e poupam energia para as etapas de subidas ou contrarrelógio.

Os atletas que vencem esse tipo de etapa são chamados de sprinters; geralmente são mais fortes, pesados e possuem uma enorme capacidade de gerar potência em um curto período de tempo. O pelotão chega completo até a marca de 3km para o fim da prova, onde o tempo é encerrado. Nesse ponto, as equipes que não têm interesse em disputar a camisa verde ou a etapa, se deslocam para a parte de trás do grupo, abrindo assim espaço para o sprint final (aceleração onde o atleta usa toda a sua força) e evitando que seus líderes se envolvam em acidentes. Os sprinters, por serem mais pesados e também por se prepararem de forma específica para essas chegadas, têm muita dificuldade em passar por grandes montanhas, e, em alguns casos chegam a abandonar ou até serem desclassificados por exceder o tempo máximo da etapa.

Contrarrelógio – nesse tipo de etapa, o atleta pedala sozinho e precisa manter um alto e constante nível de potência, durante todo o tempo. Na maioria das vezes, os percursos são planos ou com pouca variação de altitude.

Atletas mais leves, como por exemplo os escaladores, têm mais dificuldade nesse tipo de etapa e acabam perdendo segundos preciosos.

Essa edição será iniciada com um contrarrelógio de 13 km e sua penúltima e decisiva etapa também será um contrarrelógio de 23 km.

Obs.: tradicionalmente a última etapa é plana e, assim sendo, o pelotão chega completo até a marca de 3km para o fim.

Etapas de montanha – Como se diz na gíria, “é onde o filho chora e a mãe não vê”. As intermináveis subidas fazem com que apenas os grandes escaladores consigam andar juntos na frente. Aqueles que ficam para trás dão adeus à briga pela tão sonhada CAMISA AMARELA.

Para vencer uma grande volta, além de suportar toda a sobrecarga de 3516km percorridos e 23 dias, o atleta tem que ser muito forte nas montanhas e ainda conseguir fazer um ótimo contrarrelógio. Tarefa para poucos!

No decorrer do Tour de France, a Absoluta Fitness revelará curiosidades dessa incrível competição.

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